
Categoria: Petrobras
Por imprensa-al em 24/08/2020 18:21
Sindipetro AL-SE defende regramento do teletrabalho em ACT

Apesar de ser uma realidade, em decorrência da pandemia da Covid-19, o teletrabalho na Petrobrás foi implementado sem negociação com os sindicatos. Em reunião com a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), nesta quarta-feira (19/08), a empresa, mais uma vez, afirmou categoricamente o não interesse de incluir regras sobre o trabalho remoto no ACT.
A FNP e os sindicatos filiados defendem que esse assunto seja debatido coletivamente por todos os envolvidos. O que está em jogo é a segurança jurídica e os direitos dos trabalhadores. Discussões sobre o controle de horário para pagamento de horas extras e de quem será o ônus com energia, internet e mobiliário, são algumas cláusulas que devem constar em ACT.
É preciso ter cautela para não cair em “pegadinhas” e evitar assinar acordo individual, pois ele pode trazer perdas de direitos já adquiridos, a exemplo da renúncia tácita ao desjejum, em razão das mudanças das atuais condições de trabalho. A única preocupação obsessiva da empresa é reduzir custos, desconsiderando os impactos negativos que o trabalho remoto pode causar a saúde física, mental e financeira dos trabalhadores/as.
Ouvir os anseios dos petroleiros neste momento, diante de uma atividade relativamente nova trazida pela evolução das tecnologias, é fundamental. A própria FNP, em parceria com o Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (IBEPS), iniciou uma pesquisa para saber a percepção e os problemas da categoria em relação ao tema. Por isso, é importante pontuar quais são as reivindicações dos trabalhadores para, em seguida, garantir regras claras no ACT.
Sem regramento específico e sem dar opções de escolha para o exercício desse modelo de atividade, as garantias legais dos petroleiros ficam ameaçadas. A negociação individual tende a enfraquecer a categoria. Por isso, devemos optar pelo caminho da unidade, para fazer pressão, inclusive com greve, a fim de que as nossas demandas sejam atendidas. Não podemos permitir que Castello Branco e sua turma atropelem os trabalhadores com o “estouro de sua boiada”.
Merecemos mais!
A vida em primeiro lugar!
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